segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Esquecer

Desvencilhou-se das amarras
frias e pesadas
que lhe feriram o passado.
Curou as cicatrizes
e prendeu-se nos laços
do futuro de sonhos,
na ansiedade de ter
uma estrela
que iluminará seu caminho.

Lembra-te de mim

Lembra-te de mim
quando os dias nascerem vazios
as noites assombrarem tua alcova
e teus sonhos parecerem pesadelos.
Lembra-te de mim
quando teu riso calar
quando a amargura sondar tua alma
e quando a lágrima teimosa molhar tua face.
Quando, antes do sono e depois da prece
leres o poema que deixei sobre tua mesa,
não sintas solidão, saudade ou tristeza,
apenas lembra-te de mim.

Naquele Momento

Banhou-me o silêncio
como a mudez das estátuas,
gelou meu coração
Estação Ferroviária de Passa Quatro-MG (Eu e Nadir)
como o mármore das estátuas.
Naquele momento
brotou-me o soluço
e a lágrima rolou
e salgou meus lábios.
Meu relógio parou
minha vida parou.
Tudo era silêncio
a não ser o apito do trem.